Mtg Lore
Compêndio da Lore de Magic the Gathering
HISTÓRIAS DAS SAGAS
Texto original
Autores Diversos
A GUERRA DOS KAMI
Pelos próximos 20 anos, os ataques dos kami continuaram e os mortais se questionavam o que haviam feito para merecer sua fúria, sem saber dos atos cometidos por Konda. Tudo o que sabiam era que Konda era seu único salvador, o único capaz de enfrentar a fúria dos kami, embora ninguém soubesse a origem de tal poder.
No ápice da Guerra dos Kami, o próprio O-Kagachi entrou no reino mortal em busca da parte de si que havia sido arrancada. Seguindo o rastro de sua prole, o espírito gigante passava enfurecido pela terra, deixando morte e destruição em seu rastro.
A Guerra dos Kami apenas acabou quando o que foi tomado foi destruído e o kami que morava nele liberto. O kami liberto e a filha de Konda, Michiko, derrotaram O-Kagachi, impedindo seu frenesi de destruição. Como punição, também mataram Senhor Konda por seus crimes.
A VIDA DE TOSHIRO UMEZAWA
Se não houvesse um prêmio ou benefício, ele não estava interessado. Quando se envolvia em algo, sempre fazia o possível para a luta nunca ser justa, saindo sempre vitorioso ou pelo menos conseguindo o que queria. Ele era um espadachim hábil, infame pelo uso de uma Jitte, e um mago talentoso que conjurava mágicas ao desenhar personagens.
Em uma ocasião notável, sua curiosidade e ganância levaram-no para as montanhas Sokenzan, onde ele encontrou o ogro adorador-de-demônios Hidetsugu. Ele convenceu Hidetsugu a juntar forças, fundando assim os Vingadores Hyozan. Para o grupo, a crença de que, caso alguma injúria fosse causada a algum membro, seria dever dos outros vingá-lo, era central para os membros. Para impor o vínculo, os membros fizeram um pacto de sangue inquebrável.
Fiel a si, Toshiro eventualmente achou uma forma de sair do pacto de sangue, traiu os Vindicadores por poder e os abandonou.
Toshiro ganhou uma grande aliada ao se tornar um acólito da Myojin do Alcance Noturno, uma kami poderosa com controle sobre a escuridão. A kami deu acesso às suas habilidades para Toshiro, incluindo a capacidade de viajar através das sombras de Kamigawa.
Embora tenha tido alguns “parceiros”, Toshiro também teve diversos inimigos que o colocaram em situações precárias, tais como:
– Interromper as negociações de cidadãos-da-lua, resultando neles tentando matá-lo;
– Lutar contra uma horda de goblins fortalecidos por um kami poderoso;
– Se recusar a ser enganado por um espírito da lua;
– Ser capturado pelos orochis, conseguir fugir, atacá-los e banir seu kami da floresta de volta ao reino espiritual;
– Ser mais esperto que uma senhora do crime, derrotar seus capangas e roubar um tesouro inestimável;
– Aprisionar um poderoso kami do gelo e utilizar seus poderes para si mesmo;
– Soltar um demônio na escola de magos de Minamo;
– Roubar uma mariposa gigante da cidade imperial de Eiganjo;
– Ser capturado pelos Orochi e escapar… De novo;
– Lutar contra cidadãos-da-lua invadindo seus sonhos;
– Fugir da captura do exército imperial e do kami mais poderoso do Plano;
Contudo, a aventura mais importante da vida de Toshiro foi, sem dúvida, ter se envolvido na Guerra dos Kami.
Registros históricos tendem a mostrar Toshiro como um campeão nobre e abnegado da princesa Michiko. Contudo, Toshiro se aliou com Michiko apenas por achar que seria uma ótima ideia ter uma princesa em débito com ele. Esse egoísmo acabou sendo a salvação de Kamigawa. Em seus esforços para salvar Michiko, ele roubou o que foi tomado do Senhor Konda e encontrou uma forma de Michiko se comunicar com ele. Michiko foi então capaz de libertar o Kami aprisionado, que eventualmente se tornaria Kyodai, futuro protetor de Kamigawa.
Essa aventura salvadora-de-Plano não foi tão recompensadora para Toshiro. Para salvar Michiko e Kyodai, ele abusou dos poderes dados a ele pela Myojin do Alcance Noturno, usando-os contra a vontade da kami. Como punição, ela o baniu do Plano de Kamigawa, para onde ele nunca retornou.
Embora mais de mil anos tenham se passado em Kamigawa, ainda existem aqueles tocados pelas aventuras de Toshiro. Talvez alguns rostos familiares ainda residem no Plano, lembrando-se dele depois de tanto tempo… ou até mesmo carregando seu sobrenome.
O REINO DA VERDADE DE MICHIKO
Curar após a Guerra dos Kami não foi tarefa fácil. Anos de guerra e conflito trouxeram um custo para a terra e seus habitantes. O cerne da causa da Guerra dos Kami ainda era um mistério para os cidadãos de Kamigawa, fazendo a desconfiança e a animosidade começarem a se enraizar. Para desfazer o dano causado por seu pai, Michiko Konda aceitou a tarefa de restaurar a paz e a harmonia à terra, fazendo uma parceria com o grande kami Kyodai.
Posteriormente, historiadores foram capazes de dizer que as ações de Michiko foram responsáveis pela cura do Plano, consolidando o caminho para uma colaboração harmoniosa entre os kami e os mortais. Na época, acabou criando ainda mais dificuldades na sua tentativa de restaurar o Plano. Muitos resistiram às tentativas de restauração de Michiko, citando sua linhagem com o Senhor Konda como prova de que ela não estava apta a assumir a tarefa. Também houve aqueles que continuaram a desacreditar, se recusando a aceitar a verdade. Mas a determinação de Michiko nunca foi abalada. Ela acreditava na verdade e na atitude como as únicas soluções para consertar os pecados do passado.
Esse leque elaborado retrata Michiko em seu papel de portadora da verdade e unificadora de Kamigawa. Embora ela tenha recusado o título de imperatriz durante sua vida, o título foi dado a ela postumamente, dando a ela a honra de ser a primeira imperatriz de Kamigawa. No leque, ela é retratada vestindo roupas com o brasão de Konda, que ela nunca deixou de vestir durante sua vida, demonstrando sua recusa em desviar do legado de seu pai ou deixá-lo abandonado nas sombras.
AS MUITAS JORNADAS DE AZUSA
Azusa era uma monja errante que pertencia à ordem sagrada da Floresta Jukai. Ela sempre foi de natureza inquieta, mas, com o começo da Guerra dos Kami, suas andanças tiveram uma natureza mais proposital. À medida que viajava, ela começou a documentar as vidas e histórias daqueles afetados pela guerra, assim como as mudanças na forma que o mundo espiritual e o mortal interagiam entre si. Ao decorrer da vida de Azusa, ela preencheu dezenas de diários, que se tornaram documentos importantes na preservação da história de Kamigawa após a Guerra dos Kami.
O KAMI-DRAGÃO RENASCIDO
Os dragões de Kamigawa são alguns dos kami mais poderosos e resistentes que existem. No entanto, nem mesmo eles estão livres da dor e da morte.
Muitos dos dragões que se envolveram na Guerra dos Kami foram terrivelmente feridos ou mortos. Yosei morreu defendendo a cidade de Eiganjo, Jugan caiu enquanto ajudava os monges de Jukai e Keiga foi morta defendendo a Academia de Minamo. Séculos depois, Kokusho morreu protegendo os moradores do pântano Takenuma do ataque de onis. Dos dragões, apenas Ryusei sobreviveu a todos os anos intocado.
Os dragões eram um dos protetores mais fortes do reino mortal e, com suas mortes, outras forças malignas logo começaram a semear a devastação. Durante a Era dos Estados Despedaçados, uma onda de ataques de onis varreu a terra, culminando em um evento devastador conhecido como a Noite do Definhamento, que ameaçou todo o Plano.
Em um esforço para retaliar, os orochis fizeram um ritual poderoso para ressuscitar Jugan, seu protetor original. O ritual foi bem-sucedido. Juntos, Jugan e Ryusei derrotaram o ataque dos onis.
Porém, Jugan percebeu que algo estava errado. Enquanto ela estava morta, o Plano havia mudado. Embora ela ainda fosse poderosa, não estava mais conectada à Kamigawa da mesma forma que antes. Para que os dragões pudessem retornar e assumir seus lugares de direito no Plano, teria de ser em novas encarnações.
Jugan embarcou em uma jornada para coletar as essências dos outros três dragões e, quando as conseguiu, colocou-as dentro de um ovo.
Ela e Ryusei também se colocaram dentro do ovo, entrando em um sono profundo. O ovo foi selado dentro do coração de Boseiju, onde foi nutrido por cinquenta anos. Quando ele finalmente chocou, os cinco dragões emergiram, renascidos em suas novas formas.
Essa pintura em serigrafia representa o nascimento de uma nova geração de dragões-kami. Na arte, Jugan possui o papel principal, destacando seu papel como nutriz dos dragões e do processo que os fez renascer. O renascimento dos dragões trouxe uma nova onda de esperança e paz no Plano e, à medida que os anos passavam, várias organizações se inspiraram na aparição desses novos dragões para desenvolver suas próprias identidades visuais.
A ERA DOS ESTADOS DESPEDAÇADOS
Os artesãos de Kamigawa se orgulham de sua capacidade de infundir uma narrativa em seu artesanato. Eles sentiram que o punho de uma espada obra-prima seria o lugar mais apropriado para imortalizar a história da devastadora Era dos Estados Despedaçados.
Após o próspero reinado de Michiko Konda, seus descendentes trabalharam incansavelmente com o grande kami Kyodai para manter seu legado e defender a ordem e a justiça em Kamigawa. No entanto, com o passar das gerações, essas nobres atividades deram lugar a lutas dinásticas.
Eventualmente, uma imperatriz morreu jovem e sem herdeiros, criando uma crise de sucessão. Alguns acreditavam que deveria ser seu irmão, outros seu marido. Eiganjo entrou em uma guerra total que se espalhou pelo reino quando os senhores locais viram a oportunidade de conseguir poder individualmente. Muitos morreram, nobres e camponeses.
O clã Yamazaki serviu o exército Konda por décadas e ganhou reputação por seu inabalável senso de dever para com seus cidadãos. Um jovem soldado Yamazaki sentiu que os dois sucessores em guerra estavam traindo e colocando em perigo o povo kamigawano. Inspirado pela história de seu próprio ancestral que desafiou um decreto imperial mortal, ele assumiu a responsabilidade de encerrar a disputa pelo trono. Ele assassinou o marido da falecida imperatriz, mas quando foi atrás do irmão, encontrou seu alvo armado e pronto para a batalha na sala do trono.
Ao ver tal confronto em seus próprios aposentos, Kyodai teve que intervir. Ela despojou a família Konda de seu dever hereditário como governante. A partir de então, eles seriam cidadãos comuns, e o imperador nunca mais seria escolhido pelo sangue. Agora, os kami elegem governantes por suas nobres qualidades e compromisso com a nação.
Esta espada foi encomendada pela atual administração como um aviso para eles mesmos. Retrata o momento em que o soldado Yamazaki entra na sala do trono para enfrentar o irmão da imperatriz, quando Kamigawa estava à beira da autodestruição. A imagem é um lembrete de que, apesar da misteriosa ausência da atual imperatriz, eles não devem repetir os pecados do passado.
ENSINAMENTOS DOS KIRIN
Hoje em dia, os orochis vivem por toda parte de Kamigawa. Em tempos antigos, eles eram os habitantes originais e guardiões da Floresta Jukai. De acordo com uma lenda antiga, muito tempo atrás, eles costumavam ter pernas assim como os outros mortais de Kamigawa.
Por séculos, os orochis viveram suas vidas dentro da Floresta Jukai, onde eles existiam em harmonia com os kami da floresta. Entretanto, a construção da cidade de Towashi e a destruição da floresta trouxe a fúria dos kami. Eles expulsaram todos que viviam dentro das suas fronteiras e fecharam a floresta para todos, incluindo os orochis.
Cortados da sua terra natal ancestral, os orochi tiveram dificuldades para se adequar à realidade. Novas invenções dos akkis e experimentos de mesclagem dos reinos dos cidadãos-da-lua deram combustível ao boom de inovações e formas de poder com os quais os orochis não conseguiram acompanhar. Pior, eles não conseguiam usar o poder dos kami da forma como usavam anteriormente.
Desesperados, os orochis clamaram aos kami por ajuda. No fim, foram os kirins que responderam ao chamado, mas se recusaram a se tornar os novos patronos dos orochis, como eles haviam pedido. Ao invés disso, através de várias demandas e provações, os kirins ajudaram os orochis a entender a verdade por trás da sua perda de poder: os kami da Floresta Jukai, em sua raiva com os mortais, não haviam apenas expulsado os orochis da floresta, mas também cortado totalmente o vínculo com aqueles que usavam o poder deles. Os orochis podiam conseguir seu poder novamente, mas precisariam provar sua força de vontade e sacrifício aos kami da floresta primeiro: eles teriam que desistir de um par seus braços e pernas, revertendo a uma forma mais simples. A pegadinha no acordo sendo o fato de que, com isso, a integração dos orochis à Kamigawa moderna ficaria ainda mais difícil.
Os kami haviam, deliberadamente, feito uma requisição da qual não esperavam que os orochi aceitassem. Entretanto, os orochis surpreenderam os kami ao aceitar os termos sem sequer hesitar, oferecendo também o par restante de braços. Tocados por sua devoção, os kami deram aos orochis poderes de magnitude ainda maior dos que haviam anteriormente, dando também uma nova forma para canalizar esse novo poder, ao invés de simplesmente arrancar seus membros.
Não se sabe ao certo o quão verdadeira essa história é, bem como o quanto dela é fábula contada pelos orochi para ensinar seus descendentes a importância da devoção aos kami. De qualquer forma, é uma das histórias mais famosas dos orochi e um tópico popular para representações artísticas, como esse vaso e arranjo de flores. O vaso mostra os orochis em sua forma sem pernas como uma celebração de sua nova forma. Além disso, ele vem acompanhado de um arranjo de flores crescidas magicamente para evocar os kirins. Arranjos assim são encontrados comumente em várias casas de orochis.
ERA DA ILUMINAÇÃO
Os artesãos de Kamigawa escolheram comemorar a Era da Iluminação tecendo uma tapeçaria de parede de seda bordada.
Com a orientação e sabedoria de Kyodai, os Imperiais entraram em uma era de paz coletiva e prosperidade. A arte prosperou até que artistas tomassem todas as ruas, e esforços foram feitos para melhorar a relação com os kami para que os mortais pudessem viver uma vida harmoniosa e cheia de mágica. A Academia de Minamo foi refeita com a promessa de transparência para conduzir pesquisas que melhorariam as vidas. Novas leis foram escritas para assegurar um tratamento justo a todos os cidadãos, mortais ou espíritos, renovando a fé em seus líderes.
À medida que as décadas e séculos passaram, os mortais de Kamigawa perceberam um número crescente de kami habitando suas casas. Alguns desses kami eram amigáveis, mas grande parte estava perturbado por algo, ficando perigosos. Tendo vivido suas vidas à serviço dos kami, os monges da Ordem de Jukai foram investigar. Eles descobriram fendas estranhas na atmosfera que estavam ejetando os kami confusos no Plano. Os reinos mortais e espirituais estavam entrando em choque, e logo iriam se mesclar em um único reino.
Os Jukai contaram a descoberta para Eiganjo e Otawara, e colaboraram com os Imperiais e Minamo para desenvolver algo que eventualmente seria chamado de “Portões Mesclados.” Os escolares de Minamo usaram seu conhecimento para inventar os mecanismos dos portões. Os Imperiais usaram sua infantaria para erguê-los. Mas eram os Jukai que iriam cumprimentar os kami e guiá-los para sua nova casa. Através de seu esforço combinado, os mortais construíram portões por toda nova fenda, garantindo que os kami pudessem ser parte da nova Kamigawa unida.
As três pessoas na tapeçaria representam os três grupos de mortais que se juntaram para desenvolver os portões mesclados. Eles estão centrados em uma interpretação histórica e abstrata de uma fenda no céu, esperando para dar boas-vindas para o próximo kami visitante. O monge, símbolo da Ordem de Jukai, ergue a mão para trazer uma nova era de prosperidade mágica.
BOSEIJU ALCANÇA AS ALTURAS
No coração de Towashi está Boseiju, a árvore mais antiga de Kamigawa e o único resquício restante da Floresta Jukai nos limites da cidade.
No começo do que é hoje conhecido como a Era Moderna, a cidade de Towashi estava se expandindo rapidamente para acomodar as demandas da sua população crescente. Cidadãos-da-lua, nezumis, humanos e akkis estavam vivendo em união, se juntando de formas impensáveis tempos atrás. À medida que a cidade cresceu, ela começou a consumir a Floresta Jukai. Árvores foram derrubadas para limpar a terra para novas construções, expulsando muitos dos kami. Enfurecidos, os kami contra-atacaram, emergindo das profundezas da floresta para derrubar as construções recém erguidas e amaldiçoar os construtores.
O imperador da época finalmente interveio quando um ataque dos kami, e a retaliação subsequente dos construtores de Towashi, ameaçou quebrar as relações pacíficas entre os mortais e os kami novamente. Ele fez o acordo de que a cidade iria parar seu crescimento rumo à floresta. Os construtores da cidade poderiam continuar desenvolvendo em quaisquer terras das quais já houvessem começado a construir, com uma exceção: eles estavam proibidos de cortar Boseiju, que havia entrado nos domínios da cidade durante as construções. Além disso, a Floresta Jukai estava fechada para todos os mortais que não possuíssem uma permissão dos kami.
Impedidos de expandir ao redor, Towashi foi forçada a crescer rumo ao céu. Arranha-céus encheram a cidade, e Boseiju logo se perdeu no horizonte celeste.
Mas então, a árvore milenar, que havia estado quieta por tanto tempo, começou a crescer novamente. Ela cresceu tanto que eclipsou até mesmo as maiores construções. Construtores tentaram superar sua altura, mas para cada nova “maior estrutura” construída, Boseiju crescia ainda mais. A mensagem de Boseiju era clara: a cidade poderia estar erguida neste solo agora, mas a floresta se negava a deixar qualquer pessoa esquecer quem estava aqui desde o princípio. Hoje, Boseiju é a maior estrutura em Towashi, com seus galhos abertos provendo sombras quase permanentes por grande parte da cidade.
A ERA MODERNA
Durante grande parte da história de Kamigawa, o poder estava concentrado nas mãos da elite: os Imperiais que governavam o Plano com as bênçãos de Kyodai, vários senhores de guerra e aqueles que podiam canalizar o poder dos kami. Mais recentemente, no entanto, Kamigawa se viu enfrentando uma interrupção significativa desse status quo, pois novas inovações tornaram o acesso à energia mais ampla e barato disponível para todos. A chave entre essas inovações foram duas: ampliadores inventados pelos artesãos akki de Sokenzanshi, e o método de extrair poder diretamente do reino espiritual inventado pelos Saiba Futuristas.
Os artesãos akki tinham uma longa tradição de invenção e engenhosidade, bem como de usar efetivamente seus escassos recursos com grande efeito – incluindo poderes concedidos por kami. Graças ao ampliador, mesmo que poucas pessoas tivessem relacionamentos tão profundos com os kami quanto alguns Imperiais e a Ordem de Jukai, eles agora eram capazes de aplicar com mais eficiência quaisquer poderes que lhes fossem concedidos.
Ao mesmo tempo, os Saiba Futuristas estavam realizando experimentos com fusões para testar a natureza do reino espiritual. Como um efeito colateral não intencional, eles descobriram uma maneira de usar magia diretamente, sem precisar formar um vínculo com os kami. Embora os artesãos de Sokenzanshi e os futuristas não estivessem trabalhando diretamente juntos, essas duas tecnologias logo se combinaram para formar a base do boom de novas tecnologias que explodiram em todo o Plano.
No entanto, toda essa modernização não deixa de ter seus detratores. Os Imperiais têm tentado controlar o fluxo de novas tecnologias, tentando manter a estabilidade que eles veem sendo arrancada de seus pés. E o boom de toda essa tecnologia viu o surgimento de um novo grupo que se autodenomina Ordem de Jukai, que acredita que esse uso desenfreado da tecnologia está atraindo o poder de uma maneira imprudente e perigosa que ameaça danificar irreparavelmente o tecido dos dois reinos.
Entre os kami, as opiniões são contraditórias. Alguns kami são resistentes, enquanto outros estão mais ansiosos para ver como as coisas vão mudar. Quaisquer que sejam suas opiniões, no entanto, muitos veem o aparecimento de novos kami alinhados com a tecnologia como um sinal de que a própria alma de Kamigawa foi irrevogavelmente alterada por esse cenário de mudanças tecnológicas e sociais.
E o palco está montado para os dias atuais…
Traduzido por Lucas Lanna, da TCGeek
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