Mtg Lore

Compêndio da Lore de Magic the Gathering

A HISTÓRIA DE BENÁLIA

Texto original
Arte usada na Thumbnail: Richard Wright

Benália é uma sociedade complexa e em constante crescimento. De certa forma, isso me lembra um organismo robusto, cheio de saúde. Mas se esse organismo é o coração de Dominária ou apenas um câncer na terra ainda está em discussão. Ainda assim, este breve tratado, por um dos historiadores do clã de Benália, dá ao leitor uma ideia da natureza e das origens da política benaliana e do relacionamento dos sete grandes clãs entre si. – Taysir

Sobre a história recente e a glória de Benália, sob a augusta liderança de Tamira de Rosecot.

Este tratado é humildemente apresentado por Varren, historiador do Clã Rosecot (com comentários adicionais de Vola, historiador do Clã Deniz; Ebenin, historiador do Clã Tarmula; Fannia, historiador do Clã Ternsev; Cl’eueth, historiador do Clã Capashen; Sytryr, historiador do Clã Joryev e Havram, historiador do clã Croger).

Como já é sabido pelos cidadãos do império que vivem na capital da própria Benália, nos últimos anos a liderança de nossa nação passou por uma reestruturação. No entanto, os cidadãos que não vivem observados pelos Sete Pilares podem não ter tido a oportunidade de aprender sobre o acordo dos Sete Clãs. Como historiador nomeado pelo líder do Conselho Tamira, é meu dever – e meu prazer – informar toda a Benália das ações mais recentes dos clãs.

Mas primeiro, uma breve visão geral dos fatos pertinentes que levaram à nossa glória atual.

“Pertinência é tão relevante quanto o julgamento daquele que determina seu significado.” – Cl’eueth

“As considerações dos meus estimados colegas são irrelevantes. Os fatos falam com a voz da verdade. Mas é o leitor quem deverá coletar os diamantes factuais do gramado da retórica.” – Vola

Geografia

Desde que Torsten Von Ursus assumiu as rédeas do grande cavalo civilizatório e guiou nossos ancestrais para fora das ruínas do outrora grande Império Sheoltun, Benália tem sido uma nação no caminho da grandeza. Até o nome que Torsten escolheu para nós – Benália, ou “aspiração” – proclama nossa intenção para o mundo. Nosso império cresceu em poder e tamanho ainda mais rapidamente do que a queda de Sheoltun.

“A precisão dos comentários de Varren é questionável aqui. Há pouca evidência de que Sheoltun tenha caído rapidamente; de fato, muitos documentos apontam para o contrário. Ele está apenas se engajando em hipérbole acadêmica por efeito dramático.” – Ebenin

“É preciso olhar para fora dos registros do próprio Clã para descobrir a verdade, Ebenin” – Varren

“Múltiplas interpretações de quaisquer fatos ancestrais são dignas de serem introduzidas na discussão, senhores.” – Vola

Hoje, Benália se estende das Ilhas das Especiarias a oeste, sem igual em riqueza, às Montanhas de Ferro Vermelho, ricas em metais, a leste, às Terras Altas de Kb’Briann, ao sul, e às margens da Ilha de Avenant, ao norte.

“Certa vez, Avenant e seus arqueiros inigualáveis fizeram parte de nossa nação, mas um líder imprudente de Joryev insultou os avenantes e perdemos a ilha.” – Fannia

“Na verdade, de acordo com os registros de nosso Clã, foi um líder de Ternsev que se apaixonou pela filha de um príncipe avenante. Ela não aceitou bem o sequestro, nem o pai.” – Sytyr

História Política

Com a morte de Torsten, seus sete tenentes leram as palavras de instrução que seu grande líder os deixou. Para quais de seus tenentes Torsten passaria as rédeas da liderança? Embora a redação exata deste édito seja perdida para nós, sabemos o resultado: Torsten não escolheu nenhum desses seguidores – e todos eles.

Sob o olhar atento de três padres da Igreja de Angelfire, os tenentes discutiram por sete dias e tantas noites sobre o verdadeiro significado das instruções de seu líder morto. Finalmente, chegaram a um entendimento e, na oitava manhã, dirigiram-se às multidões, ainda vestidas de vermelho pelo luto, que esperavam impacientemente do lado de fora do templo onde os tenentes haviam se reunido.

“Deste dia em diante,” proclamou Ilyana de Rosecot,* “todos nós e nossas famílias assumimos o manto de responsabilidade por esta que é a maior das nações. Os Sete Clãs, como Torsten escreveu que devemos ser conhecidos, liderarão cada nação por um ano lunar; o chefe daquele clã também governará toda Benália. No início de cada ano lunar, nossas posições serão rotacionadas, de modo que o clã que teve mais prestígio no ano anterior seja o último dos Sete .” **

*“Novamente, Varren interpreta a situação em vez de transmitir fatos. Não está claro qual líder de clã falou pela primeira vez naquele dia histórico.” – Cl’eueth

“Rosecot é mencionado com mais frequência do que qualquer outro clã, Cl’eueth.” – Varren

“Somente se contarmos os relatos ‘contemporâneos’ do seu Clã, escritos mais de duzentos anos depois pelos chamados membros reencarnados, que alegam ter visto a cerimônia com seus próprios olhos. Apenas Rosecot dá crédito a essas reivindicações.” – Vola

** “Alguns estudantes de Von Ursus acreditam que o grande líder planejou esse sistema para impedir que algum Clã dominasse, já que nenhum líder conseguiria ocupar o cargo de Torsten.” – Cl’eueth

“Outros ainda dizem que ele estava apenas forçando a questão da liderança, para que um clã obrigasse os outros à obediência. Nesse caso, seu plano falhou.” – Vola

“E ainda outros afirmam que o documento inteiro foi uma piada escrita pelo bobo de Torsten e confundida como uma última declaração pelos padres ainda mais bobos.” – Fannia

Membros e Posição dos Clãs

Uma lenda antiga diz que os deuses lutaram durante anos pelas estrelas do céu, com cada deus reivindicando os tesouros cintilantes para si. Essa briga ficou cada vez mais grave até que alguns deuses começaram a destruir estrelas, em vez de deixar que um rival reivindicasse a eles. Por fim, uma sábia divindade sugeriu lançar estrelas pelos céus: o que fosse coberto pela poeira estelar proveniente do lançamento de cada deus pertenceria a esse deus. Já que todos os deuses acreditavam que seriam superiores em qualquer projeto desse tipo, todos juraram respeitar seus resultados. Hoje, quando vemos as chuvas de estrelas no verão, sabemos que os deuses estão encenando seu famoso concurso.

“Uma variante disso – uma variante superiormente documentada, devo acrescentar – fala dos deuses desenhando cometas para escolher quais constelações pertenceriam a eles.” – Ebenin

E assim, cada deus lançou suas estrelas, e cada um alegou ter recebido o melhor das joias brilhantes do céu por conta própria. Naquela época, cada deus também declarava que um povo era sua responsabilidade pessoal (diferente de hoje, quando os deuses se voltam para assuntos de maior importância). Assim, qualquer criança nascida sob as constelações desse deus pertencia a esse deus.

Desde antes dos dias de grandeza do Império Sheoltun, as grandes famílias do noroeste da Central Aerona olhavam para as estrelas para determinar se uma criança lhes pertence ou a alguma outra grande família. Nos anos posteriores, apenas as famílias nobres seguiram essa tradição. Hoje, essa bênção de nascimento pertence apenas aos Sete Clãs, cada um se esforçando para garantir que seus filhos nasçam no mês apropriado. Ainda assim, acidentes acontecem, e os nascidos fora do tempo determinado tornam-se membros de seus clãs estelares (em oposição aos clãs de nascimento) ao atingirem a idade de doze anos. Esse nascimento acidental é sempre motivo de pesar.

“O costume do nascimento estelar determinar os membros de um Clã não é tão contraproducente quanto parece à primeira vista. Muitas alianças entre Clãs – às vezes as únicas coisas que mantém um clã afastado da garganta do outro – são feitas apenas devido a uma pessoa ter sido felizmente colocada em um clã misto de nascimentos e de estelares.” – Havram

Benália Moderna

Hoje, cada um dos Sete Clãs assume a responsabilidade por uma determinada área do governo – o tesouro, a marinha, o exército etc. – enquanto um Clã ocupa a liderança de Benália durante o ano. Um catálogo do exato grupo de responsabilidades está disponível para leitura nos arquivos do governo, em Benália.

E assim passamos para a próxima era do governo benaliano, a maior e mais produtiva sociedade de toda a Aerona. Nossos líderes devem ser elogiados por suas judiciosas decisões, alcançadas por razoável consenso, e não por força bruta, como é o hábito infeliz dos líderes de alguns de nossos países vizinhos.

“Razoável consenso” é, novamente, um termo relativo. Você chama de ‘razoável’ três envenenamentos, uma facada, incontáveis subornos, tentativas de chantagem e ameaças?” – Vola

“Existe pouca, ou nenhuma, documentação desses ‘fatos’, Vola.” – Varren

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