Mtg Lore

Compêndio da Lore de Magic the Gathering

A COVARDIA DO HEROI

Texto original
por Matt Knicl

Eu odeio o homem que casou com minha mãe.

Meu pai morreu em um acidente quando eu era muito novo para me lembrar dele. Minha mãe sempre evitou me falar o que aconteceu, e acho que ela instruiu os lavradores a não mencionarem a história. Mas mesmo quando criança eu sabia que ele havia sofrido um acidente com um saco de grãos, ou mais provavelmente com pedras retiradas durante a limpeza de um novo campo para plantio. Lembro-me de uma vez em que ela gritou comigo enquanto eu brincava perto de algumas carroças cheias após a colheita, abraçou-me e correu comigo para longe dali. Ela nunca me disse o que houve com meu pai, mas eu sabia.

Quando eu tinha um pouco mais de oito anos, ela se casou novamente. Eu sempre quis acreditar que não fora por amor, mas pelo dever para com a fazenda. Os filhos dos lavradores tinham o dobro da minha idade. Havia cinco deles, todos rapazes e, diferentemente de seus pais, que conheceram o meu, eles achavam que não deviam obediência à minha família. Havia murmúrios entre eles sobre tentar tirar as terras da fazenda do poder de minha mãe. Eu os ouvi falando sobre isso uma noite em que os segui atrás dos estábulos, mas eles me encontraram e me bateram. Contei a minha mãe uma mentira, mas mesmo enquanto eu falava sobre ter escorregado e caído de um morro perto do rio, ela sabia o que tinha acontecido. Será que foi por causa de minha fraqueza que ela colocou aquele homem em nossa casa?

Vinack não era conhecido como um herói em todo o mundo. Mas em nossa região, onde meia dúzia de vilas se localizava entre os limites de Ácros e das terras selvagens, ele era uma lenda. Quando eu tinha dez anos, minha mãe se casou com ele e, na época, eu não o odiava. Ele era uma estátua viva, forte e musculoso, com cabelo preto cortado curto. No pescoço, usava um colar feito com vários dedos e garras, e estava trabalhando em um bracelete para pendurar ainda mais troféus. Eu queria ser ele. Nas tavernas eram cantadas músicas sobre ele, poetas escreviam sobre suas façanhas. Não boa poesia, claro, mas a atmosfera de adoração compensava a falta de rimas.

Arte de Kev Walker

 

Os filhos dos lavradores nunca mais desafiaram minha mãe depois que Vinack chegou. Todos foram embora, exceto um, e nós contratamos novos trabalhadores. Não foi tão difícil quanto minha mãe achou que seria para eu me adaptar a ter uma nova pessoa, um novo pai, em minha vida. Eu sabia que ela estava apreensiva quando nos apresentou e quando ele se mudou para nossa casa. Aos dez anos eu ainda reverenciava aquele colar e as histórias sobre harpias e bandidos.

Mas ser heroico não faz de alguém um herói, e não demorou muito para eu perceber isso. O verdadeiro teste dos heróis não é no campo de batalha ou salvando inocentes, mas em como eles vivem suas vidas. Vinack atormentava os lavradores. Certa vez ele disse a um novato para limpar um campo apenas para, depois do trabalho pronto, dizer a ele que tinha limpado o campo errado. Quando perguntei por que ele havia feito aquilo, Vinack apenas sorriu e falou que era necessário manter os trabalhadores ocupados para que eles não se esquecessem de seus lugares. Ele também era irascível e, apesar de me manterem afastado das brigas entre ele e minha mãe, dava para ouvi-lo gritando. Eu havia pensado que ela casara para proteger a fazenda, por necessidade, mas logo percebi que ela o amava. Ela não queria que ele saísse em suas aventuras para caçar monstros, e esse era o principal motivo das discussões. Ela o queria em casa, mas ele não a ouvia. Para minha mãe, este era um casamento; para ele, era uma necessidade, um lugar onde ele poderia ter casa, comida e roupa lavada enquanto não estava lutando contra monstros. Os anos se passaram com ele indo e voltando.

Uma vez, depois de uma noite de gritos, vi que o rosto de minha mãe estava ferido. Eu confrontei Vinack sobre isso, mas ele me disse para ficar no meu lugar e me bateu na cabeça. Havia lavradores por perto, mas quem eram eles para se colocarem contra Vinack? Para quem nós poderíamos pedir ajuda? A vila o via como um salvador. Esta é a verdade que eu percebi quando era jovem: salvar um inocente em perigo não lava os seus próprios pecados. Um vilão pode agir heroicamente, mas Atreos saberá a diferença quando você tiver que cruzar o rio. Vinack era um homem fraco. Ele foi um herói por muitos anos aos olhos das pessoas, mas por que sempre precisou dessa adoração? Será que ele lutara contra seu primeiro monstro para ser visto como herói? Ao invés de cruzar ao acaso com um monstro na selva, o que pode ser dito daqueles que procuram os monstros? Seriam suas intenções superadas por suas ações? Eu não conseguia evitar ver apenas seu pior lado: uma fera bruta e egoísta, alguém que fez de si mesmo um herói para que os outros lhe dissessem que ele não era um homem horrível.

Eu disse isso a ele. Ele bateu no meu rosto, no meu peito, nos meus braços. Minha mãe o mandou embora de casa. Ele tentou ficar, mas os lavradores vieram atrás dele, ao menos uma dúzia que finalmente descobriu o seu lugar: contra ele. Vinack partiu furioso. A vila começou a falar quão injusta minha mãe fora com o herói, como ela estivera errada. Eu não entendo os métodos de Heliode, mas logo ela adoeceu. As fofocas e, apesar de eu não compreender, o amor dela por Vinack a deixaram com a saúde fraca. Não havia nada que eu pudesse fazer. Orei por dias, busquei remédios dos discípulos de Fárica, mas nada parecia ajudar. Minha mãe morreu quando eu tinha dezessete anos, e fiquei encarregado de nossa fazenda.

Os minotauros continuaram a devastar as terras. Eles sempre foram um problema aqui nas fronteiras da civilização, especialmente perto dos pântanos. As caravanas preferem ter de cinco a seis pessoas para viajar entre as vilas, pois aqueles que carregam mercadorias são ainda mais propensos a ataques. Sátiros adoram colocar as mãos em comida, especialmente se eles não tiveram que colhê-la. Há ataques ocasionais de harpias e um fazendeiro a três vilas daqui disse ter visto uma hidra, mas ele está vivo, então suas palavras não foram muito convincentes. É arriscado enviar os grãos de minha fazenda para outra vila, ou mesmo ao norte, para uma cidade maior próxima da capital. Em uma reunião recente entre os moradores da vila, falou-se a respeito dessas preocupações. Minotauros foram vistos nas estradas em nossas terras.

 

Arte de Daarken

 

Um jovem estudioso chamado Zerili queria conversar com os minotauros. Ele deu um discurso apaixonado entre os aldeões sobre como os minotauros não são diferentes de nós. Acreditava que eles se opõem a nós porque os excluímos da sociedade civilizada. Eles agem como bandidos e saqueadores porque nós os vemos como se fossem apenas isso. Riram de suas ideias, mas Zerili continuou. Ele defendeu que os minotauros são inteligentes e estariam abertos a conversar e negociar um acordo. Como se dividem em tribos, Zerili argumentou que eles possuem cultura própria – ainda que fizessem armas a partir de ossos de suas vítimas, o simples ato de perceber o uso de um osso como uma maça mostrava sua inteligência potencial. As reivindicações de Zerili foram chamadas de ingênuas. O estudioso não ouviu os avisos e o corpo mutilado do jovem foi encontrado algum tempo depois na mesma semana, braços arrancados do tronco com as palmas voltadas para o céu, a cabeça de Zerili jazendo sobre suas próprias mãos. Um soldado acrosano fez uma piada sobre como Zerili teria apreciado as expressões culturais dos minotauros.

Eu tinha vinte e sete anos quando vi Vinack novamente. Mais de uma década havia se passado desde a última vez que o vi, mas admito que pensei sobre o suíno todos os dias. Ele chegou à fazenda um dia à tarde no fim da estação da colheita, e me surpreendi por ele ainda me reconhecer. Eu não era mais a criança magricela em que ele havia batido. Nesses dias eu já trabalhava com os lavradores nos campos, como me disseram que meu pai fazia. Eu era mais alto do que Vinack, embora ele tivesse mais músculos do que eu. Ele ainda usava aquele colar com suas bugigangas, e três braceletes cheios de dentes. Havia algumas cicatrizes a mais também. Eu fiquei satisfeito em ver a idade cobrando seu preço, o cabelo tornando-se grisalho e fino. Eu não teria batido nele se ele não tivesse dito “Preciso de sua ajuda, filho.”.

Ele reagiu rapidamente, provavelmente devido aos anos de combate, e me jogou no chão.

“Desculpe-me”, ele disse, e se ajoelhou para me ajudar a levantar. “Eu vim porque eu desculpe, todos precisam de sua ajuda.”

Ele não fazia contato visual comigo enquanto falava.

“Saia da minha casa.”

“Ouça, você sabe que os minotauros estão crescendo em número. Eu preciso de ajuda.”

“Você precisa ser o herói, como sempre.”

“O quê? Não. Não é isso. Se nós não pararmos os minotauros agora, eles continuarão com isso.”

“Chame a milícia, faça uma petição ao rei.”

“O rei não envia ajuda”, ele disse, seu rosto ficando vermelho. “Ele apenas envia as tropas depois que pessoas já morreram. Os dois soldados na vila não poderiam se importar menos e, mesmo que quisessem, eles não seriam páreo para os números dos minotauros.”

 

Arte de James Ryman

 

Eu sabia que aquilo era verdade.

“Eu sei que você me odeia. Eu sei que agi errado com você e com sua mãe. Eu nunca fui um grande homem, mas eu sei o que significa ser um herói. Apesar do que você pensa de mim, eu realmente ajudo as pessoas.” Ele fez uma pausa. “Não faça isso por mim, faça pelos seus lavradores. Se as estradas tornarem-se perigosas demais

“Tudo bem”, eu disse. “Eu vou ajudar.”

Eu já tinha pensado em contra-atacar os minotauros. Meus lavradores têm famílias e, se nós não pudermos comercializar o que semeamos, passaremos fome.

Vinack me falou sobre um plano para acertar o coração dos minotauros. Um vidente cruel que, segundo diziam, ouvia o próprio Mogis comandava as bestas, fazia-as invadir em grupos cada vez mais para o interior das terras humanas. O plano de Vinack era entrar no território dos minotauros e matar seu oráculo.

Nas palavras de Vinack: “Eu apenas lutei conta bestas, eu contra uma de cada vez. E, caso você não tenha percebido, eu não carrego como troféu o chifre ou dente de um minotauro”.

Nós deveríamos partir pela manhã. Eu tinha duas camas sobrando, mas naquela noite mandei Vinack dormir nos estábulos.

Enquanto o herói dormia pela primeira vez na fazenda, sem o estupor dos espíritos, eu parti para a casa de Zerili. Eu não confiava em Vinack. Eu não sou bom em confiar. Há outros na cidade que conhecem e gostam daquele vira-lata, aqueles que gostariam de ajudá-lo. Eu queria aprender sobre os minotauros. O erudito, embora morto, deixou uma pequena casa no centro da aldeia. Sua família deve ter pago bem por sua educação e por sua casa, porque ele não parecia acrescentar nada prático à aldeia além de falar sobre livros. Claro, eu nunca o conheci, exceto de passagem, e pela fofoca da cidade. O senhor daquelas terras concordou em me deixar “olhar as posses de Zerili para ver se encontrava algo que eu havia lhe emprestado”, tarde da noite, por algumas moedas. Quando entrei na casa, pude ver que o senhorio tinha dado permissões similares a outros – a maioria do apartamento parecia ausente de objetos de valor. Os livros ainda estavam lá, assim como as notas do estudioso.

Não havia nada ali que eu não tivesse ouvido antes, e a pesquisa estava manchada pelo ponto de vista idealista de Zerili. Depois de apenas uma hora, encontrei o que eu estava procurando, a prova com que Zerili costumava justificar a noção de tratados. Havia registros no livro contábil da cidade de décadas atrás em que os minotauros recebiam ouro e colheitas em troca de reduzir sua agressividade. O estudioso achava que um tratado seria possível porque um já existira. O que o pobre acadêmico não percebeu foi que o último relato de uma transação ocorreu mais de trinta anos antes, quando, como o líder na época escreveu: “eles pediram um preço alto demais por nossa segurança”.

Pelo que eu me lembrava, não houvera nenhuma incursão desde que eu estava vivo. O livro mostrava que a escalada das demandas passou de colheitas e moedas, para galinhas, e depois para gado. A conclusão óbvia era que os minotauros haviam exigido homens, possivelmente crianças, como seu tributo negro. A aldeia continuava a pagar esses tributos em segredo. Eu sabia para que o “herói” precisava de mim. Vinack pretendia que eu morresse.

________________________________________

 

Nós saímos naquela manhã. Eu levava a espada que pertencera a meu pai, e também uma adaga que escondi em meu cinto sem que Vinack visse. Se era necessário um sacrifício, seria ele, não eu, a ir ao encontro do mesmo destino que Zerili. Eu fiquei surpreso ao ver que ele tirou seus colares e braceletes, mas fazia sentido, visto que eles podiam fazer muito barulho. Nós caminhamos em silêncio através das fronteiras, para dentro das terras pantanosas conhecidas por serem frequentadas pelos minotauros.

Eu só estivera nos pântanos algumas poucas vezes e sempre com grupos de pessoas, ou usando um atalho até alguma das vilas ao sul, ou procurando aldeões desaparecidos.

Não foi necessário ir muito longe para sentirmos o cheiro deles. Sua pelagem devia ficar melada com seus próprios excrementos. Foi horrível perceber como eles estavam tão perto da aldeia, e escolheram não atacar. Vinack e eu nos escondemos atrás de algumas árvores caídas e olhamos o acampamento. Havia mais de uma dúzia dos brutos, e ao redor deles as carcaças de, agora irreconhecíveis, animais mutilados, com órgãos faltando, seus ossos espalhados por todo canto. Os minotauros sentaram-se e comeram, alguns até mesmo sentando-se sobre ossos descartados, alheios à dor que deveriam estar sentindo. Eles ficaram ao redor de uma fogueira central que levava a uma caverna.

“Eu o trouxe aqui sob falsos pretextos”, disse Vinack, ainda olhando por entre os galhos.

Minha adaga já estava pressionada contra suas costas. Ele virou-se um pouco e eu vi lágrimas em seus olhos.

“O que está fazendo, garoto?”

“Você pretende me sacrificar, seu bastardo.”

Ele tentou se virar, mas eu pressionei a adaga com mais firmeza em suas costas, uma pressão a mais e ela perfuraria sua carne.

“Eu não sabia que você conhecia os planos dos líderes da aldeia”, disse ele, olhando de novo para os minotauros. “Se eu soubesse, não teria sido necessário contar uma mentira.”

“Isso é monstruoso! Eu não teria vindo para morrer mesmo se você não tivesse tentado me enganar”, eu disse, tentando falar baixo apesar da minha raiva.

“Não, filho”, ele disse, balançando a cabeça. “O sacrifício serei eu.”

Foi difícil entender como eu me sentia. No começo, pensei que poderia ser outra mentira, alguma outra enganação. Era isso que eu queria que fosse. Eu queria que ele morresse. Quando ele me disse aquilo, só o que pude responder foi “Bom.”

Ele ficou assustado com isso, mas depois assentiu com a cabeça.

“Isso não faz de você um herói”, eu disse friamente. “Isso não o perdoa pelo que você fez.”

Ele assentiu novamente. “Eu sei.”

Nós ficamos parados por alguns momentos, ambos olhando para o acampamento dos minotauros, então Vinack começou a seguir seu caminho por entre os galhos. Sua espada ficou para trás, no chão.

Eu precisei ficar para ver o que aconteceria.

Ele se aproximou dos minotauros com os braços levantados, quase em uma súplica. Eles viraram-se para Vinack e começaram a mover-se em sua direção, alguns ainda mastigando, mas ele gritou, “Tributo!”.

Instantaneamente, os minotauros voltaram a seus lugares, todos os olhos sobre Vinack. Ele caminhou e se postou diante do fogo, perto da entrada da caverna. Eu vi o oráculo saindo, ainda maior do que os outros minotauros. Não apenas em altura. Era evidente que o oráculo recebia mais comida do que caçava. Ele se movia mais devagar do que os outros – imagino que fosse mais velho, mas não tinha como ter certeza. Ele usava um colar feito de crânios humanos e um osso, que provavelmente também era humano, através do nariz.

 

Oráculo dos Ossos | Arte de Greg Staples

 

“Eu me ofereço como sacrifício pela proteção dos vilarejos humanos das províncias de Kendraki que ficam ao norte de suas terras, de acordo com os pactos antigos”, disse Vinack devagar, como se ele tivesse problemas para se lembrar do que deveria dizer.

O oráculo começou a rir e os minotauros ao redor dele rugiram. Sem cerimônia, o xamã deu um soco na cabeça de Vinack, afundando-a em seu corpo. Eu pude ouvir a espinha se partir. O corpo caiu no chão e o oráculo o levantou novamente, arrebentando-o ao meio com alguma dificuldade. Uma nuvem de sangue emergiu, caindo ao redor dos minotauros que então estavam batendo os cascos e rugindo. A bruma carmesim começou a girar em torno de cada minotauro individualmente, até que a névoa de sangue entrou em suas narinas. Respiraram profundamente a magia negra. Eu não sei se o que vi depois aconteceu de verdade, ou se eu estava confuso e não pude mais lembrar a verdade. Pensei ter visto por trás do oráculo a forma de um minotauro feito do céu da noite. Pensei ter visto Mogis, mas só por um segundo.

E foi isso. O oráculo pegou os pedaços de Vinack e os jogou de lado, em uma pilha de carcaças de animais. Os minotauros pareciam cansados, mas continuaram comendo e disputando entre si como antes da cerimônia. O oráculo retornou à sua caverna e eu peguei a espada de Vinack e voltei ao vilarejo.

Eu fui recebido com louvor. Todos estavam tristes porque o grande herói Vinack tinha caído, mas também felizes por seu filho estar lá para parar a ameaça dos minotauros. Parece que os líderes da aldeia tinham espalhado algumas de suas próprias mentiras antes de eu ter voltado. Eu acho que Vinack queria que eu fosse um herói, para compartilhar o que ele chamaria de um legado com a pessoa mais próxima que ele poderia chamar de filho ou família.

Eu deixei aquele homem caminhar para a morte. Essa atitude parou os minotauros, pelo menos por enquanto, e outros podem chamar isso de heroico, mas apesar das histórias que outros contarão, eu não sou um herói. Eu costumava odiar o homem que casou com minha mãe mais do que qualquer coisa no mundo, mas agora a pessoa que mais odeio sou eu mesmo.

 

 

 

Traduzido por: Alysteran

 

Comentários

Review Text

Testimonial #1 Designation

Review Text

Testimonial #2 Designation

Review Text

Testimonial #3 Designation

Magic the Gathering é uma marca registrada pela Wizards of the Coast, Inc, uma subsidiária da Hasbro, Inc. Todos os direitos são reservados. Todas as artes e textos são de seus respectivos criadores e/ou da Wizards of the Coast. Esse site não é produzido, afiliado ou aprovado pela Wizards of the Coast, Inc.